Passeio Pedestre “Rota das Maias”

No dia 15 de maio, foi realizado o tão idealizado passeio pedestre “Rota das Maias”, promovido pela ARCPA. O passeio consistia numa caminhada de dez quilómetros pelos caminhos rurais da nossa aldeia onde pudemos comtemplar as inspiradoras e apaixonantes paisagens do Parque Regional do Vale do Tua.

“Logo pelo início da manhã, na abertura do secretariado, fomos surpreendidos com os pingos de chuva que nos levou até ao convívio entre todos os participantes” (Celestino Alves) dentro do salão, onde foram distribuídos aos mesmos os pequenos-almoços, para que começassem a caminhada “de barriga cheia” e tivessem bastante energia para o percurso que teriam pela frente. Assim que a chuva cessou, pusemo-nos a caminho! Este passeio decorreu ao longo da manhã de domingo, e foram cerca de 100 (cem) participantes a marcar presença.

No decorrer do Passeio Pedestre, “fui surpreendido pelo vivenciar de uma experiência tripla e ao mesmo tempo, contraditória: ora me apetecia fazer parte desta magnífica organização (ARCPA), que nos momentos críticos se consegue superar, ora queria representar o papel do “caminheiro“, ávido de sentir o frenesim próprio destes momentos, ora gostava de ter disponibilidade para cuidar e desfrutar dos amigos, colegas e família, que sempre comparecem nestes eventos. A experiência também me dizia que nem sempre é fácil conciliar tudo a contento. Contudo, no final, penso que consegui o milagre da omnipresença e foi de alma e coração cheios que dei conta do final do dia. Obrigado a todos e todas que tornaram este dia possível.” (Vítor Lima).

No final do passeio, “Carro vassoura ou melhor, “a pé vassoura”, pois, alguém tinha de ser, lá fui eu e o Eduardo Teixeira, os últimos a sair da ARCPA com o intuito de retirar as fitas que serviam de marcação. Uma fita aqui e outra ali e com a conversa juntamente com a paisagem iam passando os quilómetros sem darmos por eles. Até que apareciam os mais atrasados, e “empurrão” aqui “empurrão” ali, chegámos todos ao fim, ao miradouro de São Lourenço” (Luís Areias).

Após o passeio, decorreu o almoço convívio no salão da Associação que contou com os participantes e alguns moradores da aldeia.

Não podemos esquecer que, por trás de tudo houve uma extrema dedicação por parte de todos os membros, pois “um dos melhores momentos deste fim de semana foi ver a união e o empenho de todos para que tudo corresse bem. No fim, parece que até a chuva mandamos embora! Foi bom saber que voltamos a trazer boas “vibes” à nossa aldeia, pois fizemos os mais velhinhos recordar os velhos tempos e criamos recordações aos mais novos para mais tarde seguirem o exemplo.” (Francisco Silva).

Houve também uma especial dedicação por parte das pessoas que tomaram consciência de que não poderiam ir na caminhada, para ficarem a ajudar na cozinha onde facilmente se compreende a exigência desse trabalho e da sua grande responsabilidade, “os preparativos de um almoço para 100 (cem) pessoas, ou mais, exigem coordenação, colaboração e empenho nas tarefas a realizar para que nada falte e satisfaça os sentidos do olfato e do paladar à hora certa. Depois de um esforço físico tão saudável como é o caminhar pelos montes, é completamente compreensível que cheguem ao final do passeio com vontade de se atirar ao prato” (Teresa Pereira).

Dúvidas não restam de que tal feito só seria possível com a colaboração de todos os que puderam voluntariamente “dar uma mãozinha”, e claro sem esquecer a nossa exigente chefe de cozinha. “Não faltou quem aparecesse para ajudar por amor à camisola e por isso ficámos todos bem satisfeitos… é a chamada verdadeira alegria no trabalho. Depois, mais tarde dá-se descanso merecido ao corpo. Que continuem a existir pessoas de boa vontade para mantermos a alegria que estes convívios sempre nos proporcionaram ao longo da vida da ARCPA.” (Teresa Pereira).

Nos tempos que correm, este género de atividades revela-se de extrema importância, pois é fundamental que a nossa sociedade esteja atenta ao mundo que a rodeia e aos problemas sociais que existem, e que valorizem, principalmente, o convívio, o lazer, e a natureza, porque cada um de nós pode e deve fazer mais pelo próximo.

“Um bocado a medo, por causa das condições climatéricas, decidimos acreditar que S. Pedro estaria do nosso lado e a tarde de sábado foi passada a organizar tudo para a Caminhada da “Rota das Maias”. 

Domingo chega ainda com alguma ameaça de mau tempo, mas, como o S. Pedro estava do nosso lado, o céu começou a abrir e acabou por nos proporcionar o melhor tempo para as caminhadas: nem muito sol, nem muito frio.

Como estreante na organização e na Direção da ARCPA, nunca me tinha apercebido, em eventos passados, de todo o trabalho que existe nos “bastidores”. No final do dia, quando tudo corre bem e, chega finalmente o merecido descanso, emocionou-me o empenho e entreajuda que houve entre os mais experientes, os estreantes e aqueles que nunca se cansam de ajudar, só pelo amor à camisola.

A ARCPA é de Pombal de Ansiães e somos todos nós a manter esta atividade! (Francisca Fernandes).

Os membros da ARCPA congratulam-se pelo sucesso alcançado com a atividade, agradecendo a todos os que a apoiaram, participaram e a generosidade que demonstraram. Todos nós ficamos de “alma” e “coração” cheios, obrigada!

Juliana Anjos

* Este texto foi escrito a várias “mãos”, tendo o contributo de alguns participantes na organização da Caminhada. A Juliana fez o favor de ser a “maestrina”, fazendo o arranjo das impressões de cada um deles e deixando também a sua marca pessoal.